sábado, 3 de abril de 2010

Por detrás da névoa incerta,...



MEU QUASE SEXTO SENTIDO



Por detrás da névoa incerta,

Da bruma desconcertante,

Há uma verdade encoberta,

Que é, por trás da névoa incerta,

Intemporal e constante.



Oh névoa! Oh tempo sem horas!

Oh baça visão instável!

Que mal meus olhos afloras,

Em vão transmutas, descoras...

Meu olhar é infatigável.



Quero saber-me quem sou

Para além do que pareço

Enquanto não sei e sou!

Nuvem que a mim me ocultou,

Ai! Meramente aconteço.



Com menos finalidade

De que uma folha caída

Na boca da tempestade,

Porque ele é, na verdade,

Morte a caminho da Vida;



E eu não sei donde venho

Nem sei, sequer, p'ra aonde vou.



Rompa-se a névoa encoberta!

Quero saber-me quem sou!

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